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Tratamento

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Numa intoxicação aguda (overdose) com hidrocodona o tratamento imediato passa por suportar a função cardiorrespiratória e por tentar diminuir a absorção do fármaco.

A administração de oxigénio, fluidos intravenosos vasopressores e outras medidas de suporte devem ser postas em prática conforme as indicações. Deve também ser garantida a desobstrução das vias aéreas e, se necessário, a ventilação assistida.

Um antagonista dos recetores opióides como a naloxona é um antídoto específico para o tratamento da depressão respiratória resultante da sobredosagem de opióides como a hidrocodona. Uma vez que a duração da ação da hidrocodona pode exceder a do antagonista, o paciente deve ser mantido sob vigilância e doses repetidas do antagonista administradas conforme necessário para manter uma ventilação adequada.

Uma vez que existem várias formulações em que a hidrocodona está associada a paracetamol, se existir o conhecimento ou a suspeita da ingestão deste composto deve ser efetuada uma descontaminação gástrica com carvão ativado seguida da administração de n-acetilcisteína para diminuir a absorção sistémica do paracetamol devido à sua elevada toxicidade hepática.

Tratamento da adição

A abstinência da hidrocodona pode causar uma série de sintomas a nível físico ou psicológico. Estes podem ir de moderados a severos, apresentando-se como um grande obstáculo a uma situação de abstinência continuada. Por esse motivo é geralmente recomendado que o paciente passe por um processo de desintoxicação num centro de tratamento adequado.

Estes centros podem oferecer tratamento em regime de ambulatório ou em regime de internamento. Este último é, regra geral, considerado o mais adequado para o tratamento de um adicto pois oferecem um serviço imersivo e bem estruturado de acordo com as necessidades do paciente permitindo-lhe focar-se apenas na sua recuperação. O contacto com outros que passam pelo mesmo tratamento, bem como o apoio de pessoal especializado são aspectos que se destacam pela positiva.

Quanto ao tratamento em si, este passa por apoio psicológico ajudando o paciente e os seus familiares a compreender a dependência, bem como a identificar os factores que levaram a essa situação e como o paciente poderá seguir em frente com a sua vida. A terapia cognitivo comportamental pode ajudar o paciente a treinar a sua mente e ensinar-lhe novas maneiras de lidar com a dor e outras circunstâncias que levaram ao abuso da substância.

Dependendo da severidade da adição o tratamento pode também ser farmacológico. Esta medicação pode incluir:

Metadona – um agonista opióide sintético de longa ação. É usado para prevenir os sintomas de abstinência e ajudar a controlar os desejos de consumo.

Buprenorfina – um agonista parcial opióide sintético, ajudando a controlar o consumo e a abstinência, contudo insuficiente para provocar um marcado efeito sedativo. Este fármaco desencoraja o abuso por providenciar um tecto para os efeitos eufóricos.

Naltrexona – um antagonista  opióide sintético que bloqueia os efeitos eufóricos dos opióides. Este fármaco não tem potencial para abuso e é não adictivo.

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